A FGERJ errou, que sirva de lição para as outras. O objetivo deste site não é apontar culpados, mas sim debater os erros, aplaudir acertos e sugerir mudanças. Com esse objetivo em mente vamos analisar a segunda etapa do Tour Carioca.
A FGERJ divulga em seu site que o intuito de seu Tour Estadual Juvenil é promover o esporte entre os jovens do estado e dar ritmo de torneio aos atuais jogadores para que possam participar de torneios nacionais e internacionais. A idéia é ótima, mas a execução deixou a desejar.
Primeiramente, como é possível promover o esporte entre jovens se a etapa do tour estadual juvenil virou um apêndice de um aberto para adultos? Que ação promocional é essa que reúne apenas um juvenil do clube sede e sete no total? Em segundo lugar, porque promover um torneio dito preparatório, na semana subseqüente a uma etapa do Tour Nacional? E mais, se o objetivo é dar ritmo, tem que ter disputa, competição, mas com apenas sete jogadores fica muito difícil.
Também não está claro o porque de fazer uma etapa em um clube que tem 1 (um) representante no torneio. Que tal estabelecer uma regra em que para sediar uma etapa de torneio juvenil o clube tem que ter um trabalho voltado para fomentar o golfe juvenil? Será que não é melhor e mais barato fazer mais etapas em um mesmo clube com um bom número de atletas, do que fazer uma etapa em cada clube com pouquíssimos atletas.
Engana-se quem pensa que o que aconteceu esse fim de semana é exclusividade do Tour Carioca. A Federeção Paranaense tem uma etapa de seu estadual marcada para uma cidade a 5 horas de distância de Curitiba, em um clube que, pelo menos nos últimos dois anos, não enviou sequer um jogador para qualquer torneio juvenil nacional ou estadual. Quanto custa, ou vai custar o deslocamento, hospedagem, aulas perdidas, etc? Quem arcará com isso?
O golfe juvenil no Brasil não pode ser tratado como apêndice. Precisamos de organização, ou estaremos pra sempre nas mãos da boa vontade e dedicação isolada de alguns pais e atletas, que cada vez mais cedo saem do país em busca de um caminho melhor.
Se você concorda, discorda ou tem alguma sugestão, envie-nos um comentário.
23 de março de 2010
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Bom dia Fabio,
ResponderExcluirTenho conversado com meu filho sobre tudo isto, concordo com você, esta ficando fora dos limites os gastos com hotéis, viagens, aulas perdidas, e pouco objetivo o golf juvenil.
Quanto a este torneio juvenil a ser realizado que fica 5 horas de Curitiba, 6 horas de Joinville e 8 horas de Florianópolis, vários pais já se manifestaram que não irão a este torneio.
O Paraná tem um dos melhores treinadores de golf do Brasil que é o Patrick, basta ver os resultados de seus alunos.
Não seria interessante a FPRG contratar o Patrick para treinar um grupo de atletas “juvenil” pelo menos 1 vez por semana.
Teríamos com isto mais incentivo, integração entre os atletas, passar a eles como fazer uma estratégia de jogo para cada situação, apoio de um psicólogo, rotina de treinamento etc... O Rio de Janeiro, São Paulo já estão fazendo isto.
Se não tiver mais investimento com o juvenil, todos irão fazer as malas e partir para os USA.
Outra sugestão que faço seria o “tour juvenil brasileiro” ser uma vez por mês, e não só 4 etapas. As federações e CBG poderia oferecer transporte e hotel para os 10 primeiros colocados ou algo assim.
Deveríamos criar uma “associação Brasileira de golf juvenil” onde poderíamos discutir idéias que venha enriquecer o golf juvenil.
Nick Ribeiro