Nós do blog gostaríamos de ressaltar apenas o lado positivo dessa conquista da Julinha, mas o que parece ter sido bom nesse primeiro momento é na verdade um retrato do momento delicado que atravessa o golfe feminino brasileiro. A questão é que a competição nas categorias femininas se resume ao mínimo. Há categorias com apenas duas jogadoras e premiação para três. Nada, e nada mesmo, pode tirar o mérito de uma campeã, mas não podemos nos omitir. Do jeito que está não é bom pra ninguém. Somente com competição forte e acirrada é que nossas jogadoras irão evoluir.
O golfe feminino sempre foi minoria no Tour Juvenil, mas acredito que estamos nos encaminhando para o fundo do poço. Além do pequeno número de atletas estamos sofrendo agora com o êxodo prematuro destas atletas para academias no exterior. Ficar aqui ná dá. Não tem estrutura, não tem competição, não tem incentivo, não tem amizades; em resumo, não tem nada.
Só neste ano, quatro das principais jogadoras juvenis brasileiras foram para o exterior, e em julho perderemos mais uma. Se algo não for feito urgentemente, entraremos no chamado círculo "Tostines": “as principais jogadoras saem do país pois não há competição, e não há competição pois as principais jogadoras saem do país.” Com essa vitória, Julinha, a nossa jovem e bela campeã, credencia-se a tornar-se a próxima a arrumar as malas e embarcar para uma academia no exterior, e esse é o lado ruim da história.
Precisamos da mais seriedade no golf juvenil, fazer com que seja mais competitivo, um torneio por mes.
ResponderExcluirMelhores os premios.
Deixar a politica de lado e realmente escolher os melhores para representar o Brasil.
Renovar os diretores e representantes do golf juvenil na CBG, muitos so querem viajar.