É Duro Ser Atleta - A Saga da Delegação do Paraná

Ser atleta é prazeroso, gratificante, divertido, etc. Mas também é duro, cansativo. Por isso, para ser atleta tem que querer e gostar muito do que faz. Só assim para superar as roubadas que o esporte às vezes lhe impõe.

Fim de semana de torneio, por exemplo, é aquela correria: madrugada, mala, viagem, ônibus pro clube, roupa, sapato, treino, casa de tacos, ônibus pro hotel, check in, jantar e .........., melhor eu não colocar o que vocês fazem depois do jantar. Se essa correria é quando dá tudo certo, imagina quando as coisas começam a dar errado. Foi o que aconteceu com a delegação do Paraná na ida para o Tour Nacional Juvenil - RS.

Éramos 26 no total, sendo 19 atletas, que acordaram de madrugada para embarcar no vôo das 7h. Ao chegarmos ao aeroporto a primeira notícia do dia: vôo cancelado, motivo, neblina intensa. Próximo vôo, 10h. Começamos bem!!

Passado algum tempo vem outra notícia: o avião pousou! O nosso? Não, o do Lula! O presidente viajante veio inaugurar uma obra com indícios de fraude. Então, o próximo é o nosso? Não, é da comitiva dele. E o próximo? Também.........ai, ai, ai.

O tempo passa. As 11:30 estamos dentro do avião, com portas fechadas e o comandante falando o de sempre: “Bom dia, bem vindos ......... blá, blá, blá, ........... estamos apenas aguardando autorização para decolagem”. Nessa hora ficamos com a nítida sensação de que ao desligar o microfone ele virou para o co-piloto e completou: “enquanto isso, os otários vão morrer de fome, tédio, sede e dor na coluna, hahaha.” Logo em seguida vem a aeromoça com aquele belo sorriso de plástico oferecendo bala, daqueles sabores que é pra você recusar mesmo: "laranja, kiwi, melancia,........"

Mais tempo passa, e com cinco horas e meia de atraso, sendo uma dentro do avião, partimos. Chegamos bem a POA, as malas todas ok também, ufa! Gentilmente a Fed gaúcha reservou-nos um translado extra para o clube. Eu disse translado? Era city tour! Uma hora até o clube atravessando toda a cidade!

Enfim chegamos, e o mais importante, todos bem. Quebrados, com sono, fome, sede e claro dor na coluna, mas todos bem. Pelo menos ninguém ofereceu balinha de kiwi no ônibus!!! E as aventuras acabaram por aí.

O torneio foi ótimo e a volta tranquila. Os atletas estão parabéns; não ouvi ninguém reclamar ou culpar esses eventos por seus missed putts e/ou bolas na água. E dos dezenove golfistas, oito ganharam troféus.

E você, tem alguma história pra contar? Envie para golfejuvenil@gmail.com que nós postaremos aqui.